«Amor, glória quieta e esperança / Foram nossa breve ilusão; / Passou dessa quadra a folgança: / Sono, matinal cerração. / Mas arde em nós inda vontade: / Nosso impaciente coração / Da pátria sob autoridade / Fatal ouve a convocação. / Aguardamos com fé estuante / Da ho...»
«Que fez calar a alegre voz? / Ressoai, canções licenciosas! / Bem-vindas, moças carinhosas / E esposas tão jovens que amáveis a nós! / As taças enchei sem tardança! / No vinho a espumar, / No fundo, o jogar / Vinde (e ouvi-las soar) cada aliança! / Cada taça se erga, de vez...»
«Adeus, carta de amor, adeus; assim quis ela… / Muito procrastinei, muito à chama da vela / Meu regozijo eu não me decidi a opor! / Basta, o instante chegou: arde, carta de amor. / Minha alma (pronto estou) outro ato não concebe. / As páginas,voraz, o calor já recebe… / Inflamara...»
«Ela o vós neutro, sem querer, / Trocou no tu afetuoso; / Fez-me de ventura nascer / Sonhos no espírito amoroso. / Demoro, pensativo, ali: / Não mais fitá-la é-me impensável. / E digo: “Como sois amável!” / Mas penso:”Como quero a ti”.»