Eu ia vê-la, e profusão
De alegres sonhos me nascia;
À mão direita a lua então,
Ardente, a marcha me seguia.
Eu já voltava, a profusão
Era diversa: eu suspirava…
À mão esquerda a lua então,
Tristonha, a marcha me observava.
Aos surtos da imaginação,
Poetas, na calma, assim nos damos;
Assim, da crendice os reclamos
Convêm ao nosso coração.
Я ехал к вам: живые сны
За мной вились толпой игривой,
И месяц с правой стороны
Сопровождал мой бег ретивый.
Я ехал прочь: иные сны…
Душе влюбленной грустно было,
И месяц с левой стороны
Сопровождал меня уныло.
Мечтанью вечному в тиши
Так предаемся мы, поэты;
Так суеверные приметы
Согласны с чувствами души.
«No templo de naves escuras, / Celebro um rito singelo. / Aguardo a Dama Formosura / À luz dos velários vermelhos. À sombra das colunas altas, / Vacilo aos portais que se abrem. / E me contempla iluminada / Ela, seu sonho, sua imagem. Acostumei-me a esta casula / Da majestosa Espos...»
«No prédio há janelas citrinas. / E à noite — quando cai a noite, / Rangem aldravas pensativas, / Homens aproximam-se afoitos. E os portões fechados, severos; / Do muro — do alto do muro, / Alguém imóvel, alguém negro / Numera os homens sem barulho. Eu, dos meus cimos, tudo ...»
«Noite. Fanal. Rua. Farmácia. / Uma luz estúpida e baça. / Ainda que vivas outra vida, / Tudo é igual. Não há saída. Morres — e tudo recomeça, / E se repete a mesma peça: / Noite — rugas de gelo no canal. / Farmácia. Rua. Fanal.»
«1 Noite negra. / Neve branca. / Vento, vento! / Gente vacila na treva. / Vento, vento — / Varrendo toda a terra! O vento escreve / Na neve branca. / Gelo — embaixo da neve. / É liso, rente: / O pé que passa / Desliza ...»