Por que te inquietas, prosador?
Escolhe os temas e, ao que for,
eu darei gume, alada rima,
e farei dele flecha exímia
que, após deixar a corda tesa
do arco dobrado servilmente,
voará certeira até que a presa,
nosso inimigo, se lamente!
О чём, прозаик, ты хлопочешь?
Давай мне мысль какую хочешь:
Её с конца я завострю,
Летучей рифмой оперю,
Взложу на тетиву тугую,
Послушный лук согну в дугу,
А там пошлю наудалую,
И горе нашему врагу!
«Sozinho, alveja o veleiro / Na neblina azul do mar!… / Que busca em chão estrangeiro? / Que deixa atrás em seu lar?.. Dança a onda, o vento chia, / E o mastro balança e estrala... / Ele, ah!, não busca a alegria / Nem parte para deixá-la! Abaixo, a água azul, violenta, / Aci...»
«Tédio, tristeza, ninguém a quem dar a mão / Quando o espírito está em desamparo… / Desejos!… Para que desejar sempre e em vão? / E vão-se os anos — os anos tão caros! Amar… mas quem? Por um tempo, não vale a pena, / E amar eternamente é impossível. / Vês dentro de ti? ...»
«Não, não és tu quem eu amo tanto assim, / Teu brilho e encantos não me dizem nada: / Eu amo em ti certa mágoa passada / E o tempo de moço, já morto em mim. Quando olho p’r’o teu rosto por um instante, / Lançando, em teus olhos, olhar profundo: / Ocupam-me conversas de outro mu...»
«Guardo — sim, nos separamos — / O teu retrato em meu peito: / Qual visão dos doces anos, / Com ele sempre me deleito. E entregue às paixões e ao tempo / Minha alma não o esqueceu. / Tal como a ruína — ainda é templo, / E a estátua caída — ainda é Deus!»